25.7.07

Much have I traveled in the realms of gold, and many goodly states and kingdoms seen.

Em Londres, há uma infinidade de reinos e de tronos, um nunca acabar de gentes e de lugares. Dentro desta cidade, em seis dias, já estive em muitos estados e nações. Todos eles aqui cabem, e é isso que mais impressiona.

17.7.07

Férias!

Na última semana de trabalho antes de duas semanas ausente, o habitual acontece: papeis a cairem na secretária, imprevistos de última hora, tempo a rarear...

Independente?


Não percebo bem o alcance de cidadania, quando um movimento adjectivado enquanto tal nasce de uma nega partidária ocorrida uns parcos tempos antes. Se a resposta tivesse vindo positiva, a via seguida teria sido a habitual: a partidária.

Bolonha?

No passado dia 11, o Conselho Distrital da Ordem dos Advogados comunicou:
«Face ao processo de adaptação decorrente da Declaração de Bolonha, relativo ao acesso à profissão, neste momento em curso na Assembleia da República, dá-se sem efeito, a data de 12 de Outubro de 2007, anteriormente designada para o início do 2.º Curso de Estágio. Esta deliberação não prejudica a realização do referido 2.º Curso de Estágio, que em condições legais e regulamentares, será objecto de posterior definição pela Ordem dos Advogados.»
Há muito tempo que se fala em voz baixa sobre a necessidade de limitar o acesso à profissão; agora, e por enquanto, a limitação é absoluta. Tanto o "agora" quanto o "por enquanto" são nada menos que absurdos. As pessoas que iniciariam em Outubro o curso de estágio fizeram o seu curso de Direito baseado numa formação ao longo de cinco anos, igual à que eu fiz. Por outro lado, diz-se que o estágio será realizado, não se sabe ainda é quando. Enquanto isso, dão-se mais uns meses às Sociedades de Advogados para darem emprego grátis aos (ex-)futuros estagiários, ao mesmo tempo que as inscrições se mantêm de pé, com os correspondentes pagamentos a sairem do bolso dos mesmos futuros estagiários.
Enfim, tarda o auto-convencimento de que a moralização da profissão começa no respectivo umbigo.

12.7.07

índia da meia praia

hoje, numa das minhas cidades, uma senhora dirigiu-se a mim, tratou-me pelo nome e perguntou-me se a não estava a reconhecer. não, não a reconheci. culpei a minha fraca memória, ela repetia o meu nome, corei. foi então que ela, olhando-me melhor, pediu desculpa e afirmou ter-se enganado. não era quem lhe parecia ser. encolhi os ombros e disse-lhe que podia não ser a pessoa que ela pensava, mas que o nome era rigorosamente o mesmo.

ontem, um respeitoso senhor de oitenta anos dizia-me que, ao longo da sua longa vida, era a segunda C. que conhecia.

acho o nome de uma pessoa uma coisa muito séria, uma marca que se cola, nos persegue, permanece. antes, quando conhecia alguém, o primeiro julgamento que fazia era pelo nome. chamando-se isto ou aquilo, assim era boa ou má - como se o mundo se dividisse nesta bipartição. curiosamente, nunca enfiei as C.'s que conheci no saco dos bons.

é, aliás, um nome sobre o qual não tenho grande opinião. sempre achei muito mais gira a (outra vez) coincidência dos C's todos em fila, dos dois nomes próprios aos dois apelidos. a somar-lhe mais algum, não poderá destoar. (acho que não vou somar)

8.7.07

"See you in November"


Falaram pouco, mas bem!

She says brief things, her love's a pony
My love's subliminal

(S)he says it helps with the lights out - Turn on the bright lights


Com o negro a marcar presença inevitável e constante, foram desfiando canção sobre canção, do 1º ao mais recente album - que sai amanhã. Do que me apercebo, a opinião maioritária é que foi um grande concerto, eu acho que podia ter sido bem mais quente. Talvez me tenha sabido a pouco, porque, apesar da boa escolha de repertório, tantas músicas houve que ficaram de fora. Os (meus) saltos mais altos aconteceram na Slow Hands. O público parecia conhecedor e interessado, mas pouco entusiasta...

But she can read, she can read, she can read, she can read, she's bad;
Oh, she's bad...

5.7.07

sinal dos tempos?!

Não fui ver Arcade Fire ou Clap your Hands... porque três noites seguidas de farra durante a semana me pareceram incomportáveis. Ainda não cheguei aos 30 - cruzes credo! -, mas já acho que não tenho energia para recuperar em apenas quatro ou cinco horas de sono. Também não poderia dizer no escritório que nestes três dias sairía mais cedo para ir para um festival de música. Há algo de profundamente errado nisto tudo.
Hoje vim de jeans e trago os all star na mochila, para rumar a meio da tarde para o Super Bock. Amanhã tenho uma reunião às 10h mas, até lá, vou para a city, em vez de para a town. We're going. And we're gone.

1.7.07

angel+ina

«Gosto de contar uma boa história, ou simplesmente de manter algumas pessoas entretidas durante duas horas. No entanto, quando chegar ao fim, a questão que me vou colocar é: de que maneira contribuíste para o bem-estar dos outros, para a melhoria do mundo? Nessa altura, vou olhar para trás e sei que me vou sentir satisfeita por ter entretido muita gente ao longo da minha carreira.


Mas o grande prémio é: será que ajudei a salvar uma vida? Que esforços fiz para que uma determinada lei fosse posta em prática e, através dela, crianças e adultos pudessem ter uma vida melhor com mais direitos? Aí sim, vivi uma vida com significado. Neste momento, estou só a tentar construir uma família feita de gente boa, ensinando aos meus filhos os bons princípios, para que eles cresçam saudáveis, sejam boas pessoas, façam coisas boas pelos outros. Ter uma influência positiva, nesta vida e neste mundo, deveria ser o objectivo de toda a gente.»

Quando o Inverno chegar


O “mundo fora do mundo”, nas palavras de José Luís Peixoto, o autor do texto interpretado por Beatriz Batarda, Dinarte Branco, Gonçalo Waddington e Nuno Lopes, sob a batuta de Marco Martins, até ontem no S. Luiz, mais uma vez a € 5, 00 para menores de 30.

Uma metáfora ao refúgio forçado em que muitos se aprisionam, pelo medo do mundo. É sempre mais fácil mantermo-nos no lugar que sabemos seguro, em vez de arriscar o salto.