3.4.06

Portugal cultural

"Com esta parceria sai a ganhar o comendador Joe Berardo, o Centro Cultural de Belém e o país", disse Sócrates na assinatura do protocolo, hoje à tarde, no CCB.

Acho indubitável o ganho para Portugal, no sentido de poder dispor e dar aos portugueses e a quem nos visita a possibilidade de ver obras de Picasso, Miró, Dalí , Francis Bacon, Andy Warhol, Paula Rego, Antoni Tàpies...

Mas acho que aqui o mecenas apenas o é num âmbito muito limitado, limitadíssimo! Parece-me que ninguém dá nada a ninguém. Por 10 anos, o Estado português pode exibir certas obras da Colecção Berardo. Em troca, cria um Museu, disponibiliza um espaço nobre onde mantém as obras [em exibição, em manutenção, em protecção], sendo que todos os proveitos daí resultantes vão para a Fundação Berardo. Há o direito de preferência na compra das obras, é certo, mas não vislumbro aqui especial altruismo.
Business... acho que para Berardo nada mais é do que isso.