12.7.07

índia da meia praia

hoje, numa das minhas cidades, uma senhora dirigiu-se a mim, tratou-me pelo nome e perguntou-me se a não estava a reconhecer. não, não a reconheci. culpei a minha fraca memória, ela repetia o meu nome, corei. foi então que ela, olhando-me melhor, pediu desculpa e afirmou ter-se enganado. não era quem lhe parecia ser. encolhi os ombros e disse-lhe que podia não ser a pessoa que ela pensava, mas que o nome era rigorosamente o mesmo.

ontem, um respeitoso senhor de oitenta anos dizia-me que, ao longo da sua longa vida, era a segunda C. que conhecia.

acho o nome de uma pessoa uma coisa muito séria, uma marca que se cola, nos persegue, permanece. antes, quando conhecia alguém, o primeiro julgamento que fazia era pelo nome. chamando-se isto ou aquilo, assim era boa ou má - como se o mundo se dividisse nesta bipartição. curiosamente, nunca enfiei as C.'s que conheci no saco dos bons.

é, aliás, um nome sobre o qual não tenho grande opinião. sempre achei muito mais gira a (outra vez) coincidência dos C's todos em fila, dos dois nomes próprios aos dois apelidos. a somar-lhe mais algum, não poderá destoar. (acho que não vou somar)

1 Comments:

Blogger Kite4Fun said...

valerá a capa de um livro pelo seu conteúdo? depende do livro ;)

12/7/07 11:52 da tarde  

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