30.8.07

Paraíso

deixa ficar comigo a madrugada,
para que a luz do Sol me não constranja.
numa taça de sombra estilhaçada,
deita sumo de lua e de laranja.

arranja uma pianola, um disco, um posto,
onde eu ouça o estertor de uma gaivota...
crepite, em derredor, o mar de Agosto...
e o outro cheiro, o teu, à minha volta!


(...)

David Mourão-Ferreira

(as duas estrofes restantes não transcrevo. falam de ilusão.)