a Fábrica de Braço de Prata
A Fábrica era o meu destino cada vez que não ía à escola para ir ao médico e não sei por que outros motivos mais. Gostava de lá ir porque via muita gente e ambientes muito diversificados e até havia uma enfermaria, o que sempre me ilusionou. Também gostava porque, aproveitando-me da faceta profissional dos meus pais, via-os mais distraídos em relação a mim e eu, assim, mais relaxada. E gostava daquelas salas enormes de tectos altos, a severidade de onde nasciam armas que matam e a descontracção daqueles cujas mãos as produziam. O cheiro das mobílias e dos papéis.
Foi boa a notícia quando soube que tinham aproveitado a Fábrica para instalar uma livraria e outras actividades culturais. Se a tivessem transformado em escritórios ou se a tivessem demolido, o meu pai não me poderia ter dito, como disse há dias, "foi ali junto àquela porta que conheci a tua mãe".
Não foi boa a sensação quando passei para lá da entrada e vi um desarranjo, um desleixo, uma falta de respeito pelo espaço que lá está e pelo seu passado. Tão descuidada. Não me pareceu rica em títulos e a actividade cultural que ía começar, muito atrasada, era flamengo dançado a troco de três euros. What?! O cafézinho também não cativava.
Os espaços da nossa infância tornam-nos, normalmente, muito menos exigentes em relação a eles quando a tenra idade já vai lá longe. Mas neste caso, não.
Foi boa a notícia quando soube que tinham aproveitado a Fábrica para instalar uma livraria e outras actividades culturais. Se a tivessem transformado em escritórios ou se a tivessem demolido, o meu pai não me poderia ter dito, como disse há dias, "foi ali junto àquela porta que conheci a tua mãe".
Não foi boa a sensação quando passei para lá da entrada e vi um desarranjo, um desleixo, uma falta de respeito pelo espaço que lá está e pelo seu passado. Tão descuidada. Não me pareceu rica em títulos e a actividade cultural que ía começar, muito atrasada, era flamengo dançado a troco de três euros. What?! O cafézinho também não cativava.
Os espaços da nossa infância tornam-nos, normalmente, muito menos exigentes em relação a eles quando a tenra idade já vai lá longe. Mas neste caso, não.
A Fábrica de Braço de Prata começou a funcionar em 1908, com a denominação oficial de Fábrica de Projecteis de Artilharia, fabricando essencialmente munições de Artilharia e estando dependente do Arsenal do Exército. Com a extinção posterior do Arsenal do Exército, a fábrica tornou-se um estabelecimento independente dentro do Ministério da Guerra.
Posteriormente a fábrica foi alargando a sua produção para outros equipamentos militares, além de munições de artilharia. Por isso, o seu nome foi alterado para Fábrica Militar de Munições, Armas e Veículos. Mais tarde o seu nome oficial passou a ser aquele por que já vinha sendo conhecida: Fábrica Militar de Braço de Prata (FMBP) ou, simplesmente Fábrica de Braço de Prata.
A FBP atingiu o auge da sua produção durante a Guerra do Ultramar, altura em que conseguiu produzir centenas de milhares de espingardas automáticas, morteiros, metralhadoras, munições e outros equipamentos que equiparam as Forças Armadas Portuguesas. Ao mesmo tempo ainda produzia equipamentos para exportação, sobretudo para a Alemanha.
A FBP foi posteriormente integrada no grupo estatal de indústrias de defesa INDEP, sendo desactiva nos anos 90.
Em Junho de 2007 parte das antigas instalações da FBP, foi transformada num centro cultural privado, que inclui livrarias, salas de exposições, salas de cinema e teatro e sala de espectáculos musicais.
Posteriormente a fábrica foi alargando a sua produção para outros equipamentos militares, além de munições de artilharia. Por isso, o seu nome foi alterado para Fábrica Militar de Munições, Armas e Veículos. Mais tarde o seu nome oficial passou a ser aquele por que já vinha sendo conhecida: Fábrica Militar de Braço de Prata (FMBP) ou, simplesmente Fábrica de Braço de Prata.
A FBP atingiu o auge da sua produção durante a Guerra do Ultramar, altura em que conseguiu produzir centenas de milhares de espingardas automáticas, morteiros, metralhadoras, munições e outros equipamentos que equiparam as Forças Armadas Portuguesas. Ao mesmo tempo ainda produzia equipamentos para exportação, sobretudo para a Alemanha.
A FBP foi posteriormente integrada no grupo estatal de indústrias de defesa INDEP, sendo desactiva nos anos 90.
Em Junho de 2007 parte das antigas instalações da FBP, foi transformada num centro cultural privado, que inclui livrarias, salas de exposições, salas de cinema e teatro e sala de espectáculos musicais.
(via wikipedia)
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