21.10.06

a vida lá fora

Rivoli ocupado, professores em greve, novo referendo ao aborto...

Os dois primeiros temas são fait-divers, gostava apenas que os seus protagonistas fossem punidos, bem punidos. No primeiro caso, criminalmente. Subscrevo inteiramente o que deixou escrito o José Pacheco Pereira, aqui e aqui.
No segundo, apertando o cerco. É inconcebível a quantidade de pessoas que se encontra a dar aulas sem possuir (boas) qualificações, para além da total ausência de vocação. A greve é um direito essencial, claro, mas não me lembro que algum dos melhores professores que tive tenha faltado por esse motivo.

Quanto à IVG, a proposta de referendo baseia-se na questão: "Concorda com a despenalização da interrupção voluntária da gravidez, se realizada, por opção da mulher, nas primeiras 10 semanas, em estabelecimento de saúde legalmente autorizado?" O PP queria liberalização e aborto, em vez de despenalização e interrupção voluntária da gravidez. A Igreja já veio assumir a sua posição, sem surpresas. A pergunta parece-me clara, sem malabarismos. Todos sabemos do que estamos a falar, até porque, quem não sabe, é porque não quer saber e, assim, não irá votar. Ouvi a notícia do novo referendo em canais de televisão estrangeiros, sinal de que o assunto não pode ser desvalorizado, como tantos fazem. Nem adiado. É ridículo o papel deixado às mulheres, ao Ministério Público e aos Juízes, na apreciação de um crime como este. Há quem não queira expor as mulheres a esta humilhação, mas são os mesmos que dizem não querer mudar a lei. Serão os primeiros a recorrer a clínicas com todas as condições no estrangeiro. A velha hipocrisia no seu estado puro. Venha o referendo, depressa. No referendo de 1998, foi a primeira vez que exerci o meu direito de voto. Espero que, desta vez, a maioria vinculativa exerça o seu.

1 Comments:

Blogger Kite4Fun said...

eu vouuuuu :$

21/10/06 5:23 da manhã  

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