15.11.06

E ninguém lhe agradece!

Desde 1999, o Juiz titular deste processo trabalha com afinco, nesta secção, no sentido de recuperar uma pendência, que, então, atingia, pelo menos, os 4007 processos (...).

Temo-nos desempenhado com a possível inteireza, de corpo e alma.

Porém, as leis da Física Convencional, nomeadamente a da IMPENETRABILIDADE, impedem que julguemos todos os processos simultaneamente , "just-in-time". Nem os "down load" da tecnologia ultra-moderna o permitiriam.

(Neste momento, preparamo-nos para agendar já no ano de 2007, servindo-nos uma agenda composta e prevista pelos meios informáticos).

O Juiz titular deste processo - passe a verdade à frente da falsa modéstia - trabalha mais de 13 horas diárias.

A sua produtividade mais não permite. Contudo, dá, semore, testemunho público da sua actividade, com transparência. Realiza julgamentos diários. Profere sentenças e saneadores e, diariamente, despacha processos aos sábados e domingos.

Por isso, fica confrangido quando ouve certos rumores, produto da desinformação geral sobre a cultura das nossas instituições, patenteada em congeminações especulativas de opinadores sem "back-ground" das ambiências, que caracterizam o meio "ecológico", de que falam sem densidade substantiva.

Perdoem-nos os Distintos Mandatários e as partes, seus constituintes, a partilha que vos levamos como desabafo de quem, sempre, tenta, muito humildemente, honrar e dignificar a Instituição Judiciária.

Com o maior respeito, aqui fica o nosso reparo e testemunho vivido, porque, como sói dizer-se, "QUEM NÃO SE SENTE NÃO É FILHO DE BOA GENTE".

Ou, então, como reflectiu CONDORCET: "Todo aquele que exerce uma actividade em nome da Comunidade tem o dever de mostrar as razões por que o faz".

Donde, mantenho a data designada para julgamento, face a todo o circunstancialismo explanado.
Despacho Mm. Juiz Varas Cíveis de Lisboa(de 2005)