recebida a diana, depois da holga e da original das originais em que mal me é permitido tocar, faço-me à estrada em busca do rolo perfeito, pouco habituada a estas coisas desde que o digital tomou conta dos meus clicks. já vou preparada para os preços, mais do dobro do que poderia comprar se estivesse em ny ou em londres e um pouco menos do dobro se estivesse no país das pesetas, mesmo aqui ao lado. tudo bem, dou-me a esse luxo, mas quero só um, porque londres está mesmo aí e vou encher a mala de rolos, rolinhos e rolões - tudo, claro, dentro dos limites fronteiriços de que o senhor do aeroporto já uma vez me informou, num regresso da cidade que nunca dorme carregado de chinatown e de compras de última hora sem tempo para cortar a etiqueta (ups!). vou à Avenida das louis viutton e das pradas, até nem sou esquisita, a marca tanto faz, só precisa de ser 400. não, não temos. nenhuma marca. 400 não. sigo em frente até ao arco cego, disseram-me que lá há o que procuro com toda a certeza. sigo em frente e confiante. chego ao sítio e a montra está tapada com papelões. no vidro leio "em inventário". estou feita. a diana continua dentro da caixa, sem vida porque sem alimentação. amanhã vou tentar em alvalade, para passar o fim de semana a disparar. se conseguir.