31.8.06

La Tomatina


Em Buñol.
Para mim, é sinónimo de um basco simpático que, na cabine partilhada do SudExpress, exclamou entusiasmado: "Ahhhh! LA TOMATINA!!", quando finalmente percebeu do que estávamos nós a falar-lhe. Já de madrugada, lembro-me de adormecermos ao som das suas anedotas e de acordarmos, duas de nós, horas depois, separadas pelos seus (dele) pés.

1 semana

Morrissey é o artista da semana, desta semana, na tv do Metropolitano de Lisboa. Quando passam a You Have Killed Me, fico arrepiada ao lembrar-me dos artistas da semana que por ali já andaram.

30.8.06

1 noite (continuação)


Caprichoso, charmoso, sarcástico e sempre polémico.

Entrou em palco cumprimentando o público com a sua banda, e saiu abruptamente a meio do smithiano "Panic". Very typical. Apesar da chuva e dos problemas com o micro, Mozz mostrou-se profissional q.b., desfiando êxitos antigos e recentes, intervalados por muita conversa, cuja intenção nunca saberemos desvendar. Achei o público pouco entusiasmado, mesmo com diversas canções ainda do tempo dos Smiths. Ele também achou, e não se coibiu de dizê-lo, ao mesmo tempo que agradecia por estarmos à chuva a ouvi-lo...
Sempre atento à sua imagem, os anos não pesam quando rebenta os botões das camisas que acabam nas mãos dos fans. Gostava de ter ficado com um colarinho. A voz impecável, naquela afinação mesclada com o acompanhamento instrumental. Não (me) desiludiu.

+: How soon is now-The First Of The Gang To Die-You Have Killed Me-Life Is A Pigsty-Girlfriend in a Coma-If You Don't Like Me, Don't Look at Me-Stop Me If You Think You've Heard This One Before.
-: Ausência de There is a Light that Never Goes Out (Madrugada também não tocaram a Hands up, I Love You...)
(Suspeito que Pearl Jam não tocarão a Black, como os Radiohead não tocaram a How To Disappear Completely)

Acto Falhado


Madrugada, 15 de Agosto em Paredes de Coura

Last Stop



Agora que a vaga de calor está de volta, Barça - para (não) refrescar.

29.8.06

Next Stop

I had neither kith nor kin in England, and was therefore as free as air -- or as free as an income of eleven shillings and sixpence a day will permit a man to be. Under such circumstances, I naturally gravitated to London, that great cesspool into which all the loungers and idlers of the Empire are irresistibly drained.

A Study in Scarlet, Sir Arthur Conan Doyle, em tempos de CSI's

28.8.06

The in between is mine

Hey... oooh...
Sheets of empty canvas, untouched sheets of clay
Were laid spread out before me as her body once did.
All five horizons revolved around her soul
As the earth to the sun
Now the air I tasted and breathed has taken a turn

Ooh, and all I taught her was everything
Ooh, I know she gave me all that she wore
And now my bitter hands chafe beneath the clouds
Of what was everything.
Oh, the pictures have all been washed in black, tattooed everything...

I take a walk outside
I'm surrounded by some kids at play
I can feel their laughter, so why do I sear?
Oh, and twisted thoughts that spin round my head
I'm spinning, oh, I'm spinning
How quick the sun can drop away

And now my bitter hands cradle broken glass
Of what was everything?
All the pictures have all been washed in black, tattooed everything...

All the love gone bad turned my world to black
Tattooed all I see, all that I am, all I'll be... yeah...
Uh huh... uh huh... ooh...

I know someday you'll have a beautiful life,
I know you'll be a sun in somebody else's sky, but why
Why, why can't it be, why can't it be mine

Pavilhão Atlântico, daqui a uma semana

1926-1991



Do not fear mistakes. There are none.

25.8.06

Fides bona

Há muitos anos, combinei encontrar-me com a minha mãe no Chiado para ambas irmos a uma Igreja. Acabámos esse fim de tarde na esquadra de Santa Marta, apresentando queixa pelo furto da carteira da minha mãe.
Hoje, trabalho de costas voltadas para essa Igreja.

23.8.06

Living in Upper West




Estreia

O meu nome em Tribunal, como sujeito processual e, simultaneamente, advogando em causa própria.

Não gosto.

22.8.06

Acordar Tarde

tocas as flores murchas que alguém te ofereceu
quando o rio parou de correr e a noite
foi tão luminosa quanto a mota que falhou
a curva - e o serviço postal não funcionou
no dia seguinte

procuras ávido aquilo que o mar não devorou
e passas a língua na cola dos selos lambidos
por assassinos - e a tua mão segurando a faca
cujo gume possui a fatalidade do sangue contaminado
dos amantes ocasionais - nada a fazer

irás sozinho vida dentro
os braços estendidos como se entrasses na água
o corpo num arco de pedra tenso simulando
a casa
onde me abrigo do mortal brilho do meio-dia


Al Berto

Acordar Cedo

Saltar da cama por volta das 7h, despachar-me a correr, sair de casa (par)a voar e deparar-me com a luz da manhã, alva e promissora. Gosto da luz matinal, da sensação que é um novo começo, apenas porque é um novo dia. São 10 horas e já fiz tantas coisas e ainda tenho imenso tempo até ao almoço, penso. A manhã é esplêndida, mas chego ao pós-almoço e já estou com ar de quem não dorme há dias e com a cabeça a latejar, inibidora de raciocinar. Chego à fnac e compro um livro de um juiz, desprezando dois livros que folheei de dois insignes advogados. Talvez mude de profissão, ainda não me decidi. E estou de rastos quando ainda não são 4h da tarde. O problema está na noite, nas luzes nocturnas e taciturnas. É bela a noite.

Em pleno

Nunca consigo um regresso pausado e compassado. Chego ao escritório, organizo-me, e quando tenho o plano delineado, o tempo distribuído, os papeis divididos, puf!, o telefone toca! E chegam as urgências. Então volto a distribuir o jogo, mudo as prioridades, relativizo o que já cá tinha, e trabalho como me dá mais rendimento e simultaneamente mais (auto-)queixumes- sob pressão.

Olho para o lado e vejo os livros empilhados, com uma frecha a meio, aberta pelas canetas que uso e que lhes meto na barriga, servindo como marcadores que nunca uso. Urgência do momento resolvida com CPTA, PDM de Lisboa, RGEU, RJUE, CRP e alguma imaginação.

17.8.06

1 noite

A de 15.
Depois de quase 900 kms e de muitos euros de gasolina e de portagens investidos...

Nunca tinha ido a Paredes, mas o espaço que via em repetidos anos pela tv sempre me pareceu realmente apelativo. E a verdade é que não desilude. Costumeira do Sudoeste, encontrei em Paredes de Coura um verde generalizado pelo amplo recinto do festival, onde a relva é o que é - e não qualquer coisa parecida que se transforma em pó aos primeiros saltos. A área é enorme, sobretudo de espaço livre onde nos podemos sentar ao sol a ler um livro ou simplesmente a olhar. Fartei-me de andar até descobrir o palco. Nesse momento, acho que senti qualquer coisa semelhante - por absurdo que seja - ao que vivi quando saí do metro e me deparei com Times Square, como ela é. Metido num vale e cercado de verde, sentei-me na relva lá no alto e apreciei. Quem teve a ideia deste festival neste sítio é genial.



A genialidade de Morrissey moveu-me, e foi confirmada antes mesmo do surgimento da sua figura em palco - deslumbrei-me com a ironia máxima da mensagem na bateria e com o pano de fundo do palco. (Quase) tudo o resto, foi música!



(continua)

10 dias

de sopas e de descanso, para fazer o que se quisesse.
E nós quisemos dormir, apanhar o sol e o por-do-sol num areal livre e num mar quase só nosso. O resto... foram Mac Taylor's!

[dada a descompressão total vivida nestes dias, e exceptuando uma noite de convívio com um amigo no local da moda da noite algarvia deste ano, só tenho fotos nada menos do que estranhas e altamente desaconselháveis a pessoas sensíveis, e a que sou, obviamente, alheia - portanto, vivam as letras!]

16.8.06

the way out is the way in

Na ressaca das férias e de dois dias alucinantes para uma noite memorável em Paredes de Coura. Desenvolvimentos dentro de momentos.

And he stole from the rich and the poor
and the not-very-rich and the very poor
and he stole all hearts away
he stole all hearts away
he stole all hearts away
he stole all hearts away

13.8.06

a-gosto

eu gosto.