20.9.09

Zoo


Sim, é verdade, orgulhosamente nos rendemos ao zoo de Lisboa, regressados após anos de ausência marcada pelas idas traumáticas na infância, quando viamos os bichos enjaulados ao molho, num ambiente sujo e decadente. Na adolescência, as idas ao zoo significavam uma fuga à escola ali tão perto, quando o convívio no cafézinho era mais apetecível do que a visita aos animais. Agora, porém, uma pessoa (adulta!) vai até ao zoo e sente-se num espaço civilizado, onde se percebe, sabe e vê que os animais são efectivamente bem tratados, têm espaços à medida e vivem talvez mais livres e a salvo do que no seu ambiente natural. Aquele verde ali no meio da cidade, por onde nos perdemos, e quase tocamos na pantera ou nos tigres, como nos golfinhos e elefantes, girafas e ursos, todos em ambiente devidamente adaptado. Destaque natural para os nossos primos gorilas, cujo jantar tivemos a sorte de acompanhar. Até iogurte/arroz dado na boquinha à colher tiveram direito.
Quando cada vez mais dizemos mal de tudo e de todos, chegamos ali e encontramos uma réstia de esperança. Alguém chegou ali e deu a volta ao texto, recorrendo a patrocinadores privados - como tem que ser - e revirando dos pés à cabeça aquele sítio privilegiado, onde foi dado protagonismo a quem o merece - os bichos.

5.9.09

basterds (e outros)


Grande destaque para Christoph Waltz, o odioso Coronel Landa, avassalador logo à partida, no primeiro diálogo do filme.


O carismático Alex, de Goodbye Lenin , e o inesquecível Jan, d'Os Educadores (Die fetten Jahre sind vorbei), agora catapultado para a cena hollywoodesca (se a podemos caracterizar assim quando estamos a falar de Tarantino).

E, claro, o Lt. Aldo Raine aka Brad Pitt, ou o melhor amigo do comissário Rex, o cão polícia, e as duas senhoras, uma francesa e outra alemã.

inglorious basterds


You see, we're in the business of killin' Nazis, and boy, business is boomin'.

Uma tarantinada inquestionável, passada numa frança invadida por nazis e pronta a ser salva por americanos abastardados.
Com um elenco à altura - é muito copinho de leite (e strudel - com natas).

masterpiece(s)

deolinda


E é a mudar que vos proponho!
Não é um passo medonho em negras utopias;
É tão simples como mudar de posto na telefonia.
Proponho que troquem convosco e acertem com a vida!


(primeira vez ao vivo não desiludiu. músicos consistentes a darem corpo a canções acima da média. falta ver e ouvir em auditório, onde certamente grupo e música se redimensionarão).

dream again

Don't be afraid if you hear voices
Or feel the sweet air
Spoken upon you
Sometimes the sound
Of a thousand
Whispering words
Of Hope will reassure
Show me the future
Will see us join together
If the oceans split
Or the mountains sigh
Then I
Will keep on dreaming
I live to dream again

joaquin



Sometimes we leave everything to find ourselves.


Do realizador de We own the night, com o mesmo actor protagonista, Two Lovers mostra-nos a distância entre o sonho e a realidade, entre o desejo e o possível ou simplesmente entre o inconsequente e infantil e o final feliz. O melhor do filme são as cenas filmadas no quarto de Leonard, onde a câmara nos conduz de forma certeira, sem esquecer a força dramática do actor tornado rapper... sigh.

workworkwork

e planos, sempre planos veraneantes.