os jornalistas, pessoas instruídas e supostamente esclarecidas,não sabem o que significa viver num estado de direito democrático, onde as decisões dos juízes são constantemente revogadas por outros juízes de instâncias superiores.
o sol, semanário de josé antónio saraiva, que garantiu, aquando da criação do jornal, que superaria em poucos meses as vendas do expresso e assegurou também que ainda ganharia um nobel, andou a jogar ao empurra, ou toca e foge, para se furtar à notificação de uma decisão judicial que visa proteger a honra de pessoas já irremediavelmente difamadas.
mário crespo apressa-se (e o verbo é do sol) a lançar um livro de crónicas desconhecidas pela generalidade das pessoas até à última, que, aliás, o não era. a isso chama-se capitalizar uma não-notícia.
manuela moura guedes, jornalista comprometida em tempos com o cds (jornalista-deputada-jornalista), e o seu marido josé eduardo moniz, que afirmou ter-se deixado corromper por um cheque que o fez sair da tvi e entrar na ongoing, são os arautos da ética da nação.
paulo rangel deixa a europa pela qual foi eleito (depois de ter dito e repetido que o não faria) para vir agora apresentar-se como salvador da pátria e da moralidade, não sem antes ter feito saber em bruxelas que portugal vive actualmente encerrado numa mordaça criada pelo poder instituído.
sócrates, o primeiro-ministro reeleito recentemente, vê o seu lugar tremido numa altura em que continua a viver-se a crise mas não por causa dela, arriscando-se a ser substituído por algum passos coelho, aguiar branco ou rangel, impolutos militantes do PSD e ideólogos altamente reconhecidos.
os jornalistas, pessoas que desconhecem o sufrágio e a soberania, estão a dar cabo do poder político (executivo e legislativo) e do poder judicial. já sabiamos há muito que eram o quarto poder, mas, por este andar, arriscam-se a ser o único, apesar da censura que assalta portugal.