27.3.08
mundos paralelos
ontem conversei pela primeira vez com duas mulheres chamadas da vida. mais uma vez confirmei que rótulos não passam disso mesmo. uma delas, a mais faladora, de ar impecável e perfeitamente discreto, suportava uns óculos graduados de estilo intelectual. trazia debaixo do braço o correio da manhã, que folheava ao mesmo tempo que fazia observações iguaizinhas às que eu faria. falámos de assuntos banais, do dia-a-dia. discurso articulado e sempre, sempre educada. em nenhum momento se queixou, ao contrário de mim, que estava farta de tanta espera. dizia que parava ali há mais de quatro anos, embora não parecesse cansada. a outra ainda falou no marido com a mesma naturalidade com que eu falo no meu namorado. e por que não?, questiono-me.
25.3.08
zzz
é facto público e notório que adormeço com a maior das facilidades em qualquer lado e (quase) em qualquer posição.
mas não há nada como a minha cama.
(e quase nada como o meu sofá)
mas não há nada como a minha cama.
(e quase nada como o meu sofá)
16.3.08
10.3.08
again and again and again
You're so gorgeous I'll do anything!
I'll kiss you from your feet
To where your head begins!
You're so perfect!
You're so right as rain!
You make me
Make me hungry again
7.3.08
o mundo é pequeno
Em menos de um mês, já vivi em Londres, Dublin, Chicago, Florida, Nova Iorque, Munique; e Funchal...
1.3.08
Greatest hits
01. First Of The Gang To Die
02. In The Future When All's Well
03. I Just Want To See The Boy Happy
04. Irish Blood English Heart
05. You Have Killed Me
06. That's How People Grow Up
07. Everyday Is Like Sunday
08. Redondo Beach
09. Suedehead
10. Youngest Was The Most Loved
11. Last Of The Famous International Playboys
12. More You Ignore Me The Closer I Get
13. All You Need Is Me
14. Let Me Kiss You
15. I Have Forgiven Jesus
1º cd de 2008.
a Fábrica de Braço de Prata
A Fábrica era o meu destino cada vez que não ía à escola para ir ao médico e não sei por que outros motivos mais. Gostava de lá ir porque via muita gente e ambientes muito diversificados e até havia uma enfermaria, o que sempre me ilusionou. Também gostava porque, aproveitando-me da faceta profissional dos meus pais, via-os mais distraídos em relação a mim e eu, assim, mais relaxada. E gostava daquelas salas enormes de tectos altos, a severidade de onde nasciam armas que matam e a descontracção daqueles cujas mãos as produziam. O cheiro das mobílias e dos papéis.
Foi boa a notícia quando soube que tinham aproveitado a Fábrica para instalar uma livraria e outras actividades culturais. Se a tivessem transformado em escritórios ou se a tivessem demolido, o meu pai não me poderia ter dito, como disse há dias, "foi ali junto àquela porta que conheci a tua mãe".
Não foi boa a sensação quando passei para lá da entrada e vi um desarranjo, um desleixo, uma falta de respeito pelo espaço que lá está e pelo seu passado. Tão descuidada. Não me pareceu rica em títulos e a actividade cultural que ía começar, muito atrasada, era flamengo dançado a troco de três euros. What?! O cafézinho também não cativava.
Os espaços da nossa infância tornam-nos, normalmente, muito menos exigentes em relação a eles quando a tenra idade já vai lá longe. Mas neste caso, não.
Foi boa a notícia quando soube que tinham aproveitado a Fábrica para instalar uma livraria e outras actividades culturais. Se a tivessem transformado em escritórios ou se a tivessem demolido, o meu pai não me poderia ter dito, como disse há dias, "foi ali junto àquela porta que conheci a tua mãe".
Não foi boa a sensação quando passei para lá da entrada e vi um desarranjo, um desleixo, uma falta de respeito pelo espaço que lá está e pelo seu passado. Tão descuidada. Não me pareceu rica em títulos e a actividade cultural que ía começar, muito atrasada, era flamengo dançado a troco de três euros. What?! O cafézinho também não cativava.
Os espaços da nossa infância tornam-nos, normalmente, muito menos exigentes em relação a eles quando a tenra idade já vai lá longe. Mas neste caso, não.
A Fábrica de Braço de Prata começou a funcionar em 1908, com a denominação oficial de Fábrica de Projecteis de Artilharia, fabricando essencialmente munições de Artilharia e estando dependente do Arsenal do Exército. Com a extinção posterior do Arsenal do Exército, a fábrica tornou-se um estabelecimento independente dentro do Ministério da Guerra.
Posteriormente a fábrica foi alargando a sua produção para outros equipamentos militares, além de munições de artilharia. Por isso, o seu nome foi alterado para Fábrica Militar de Munições, Armas e Veículos. Mais tarde o seu nome oficial passou a ser aquele por que já vinha sendo conhecida: Fábrica Militar de Braço de Prata (FMBP) ou, simplesmente Fábrica de Braço de Prata.
A FBP atingiu o auge da sua produção durante a Guerra do Ultramar, altura em que conseguiu produzir centenas de milhares de espingardas automáticas, morteiros, metralhadoras, munições e outros equipamentos que equiparam as Forças Armadas Portuguesas. Ao mesmo tempo ainda produzia equipamentos para exportação, sobretudo para a Alemanha.
A FBP foi posteriormente integrada no grupo estatal de indústrias de defesa INDEP, sendo desactiva nos anos 90.
Em Junho de 2007 parte das antigas instalações da FBP, foi transformada num centro cultural privado, que inclui livrarias, salas de exposições, salas de cinema e teatro e sala de espectáculos musicais.
Posteriormente a fábrica foi alargando a sua produção para outros equipamentos militares, além de munições de artilharia. Por isso, o seu nome foi alterado para Fábrica Militar de Munições, Armas e Veículos. Mais tarde o seu nome oficial passou a ser aquele por que já vinha sendo conhecida: Fábrica Militar de Braço de Prata (FMBP) ou, simplesmente Fábrica de Braço de Prata.
A FBP atingiu o auge da sua produção durante a Guerra do Ultramar, altura em que conseguiu produzir centenas de milhares de espingardas automáticas, morteiros, metralhadoras, munições e outros equipamentos que equiparam as Forças Armadas Portuguesas. Ao mesmo tempo ainda produzia equipamentos para exportação, sobretudo para a Alemanha.
A FBP foi posteriormente integrada no grupo estatal de indústrias de defesa INDEP, sendo desactiva nos anos 90.
Em Junho de 2007 parte das antigas instalações da FBP, foi transformada num centro cultural privado, que inclui livrarias, salas de exposições, salas de cinema e teatro e sala de espectáculos musicais.
(via wikipedia)