30.4.09

celebrating Queen's Day

A Festa anual holandesa terminou mal.
Daqui a um mês lá estarei, para averiguar se Amesterdão é realmente a cidade da liberdade. É uma viagem há muito desejada e que vai repleta de expectativas. Os museus, os canais, as bicicletas e os coffee shops. Os holandeses.

25.4.09

liberdades

Muito se tem dito sobre a suposta interferência do Governo na liberdade de imprensa e na liberdade de expressão. Sócrates desmente e, na entrevista desta semana na RTP, fez questão de focar o jornalismo da TVI, sob o silêncio ensurdecedor dos entrevistadores, jornalistas sérios que se reconhecerão com toda a certeza nas palavras do Primeiro-ministro quanto a este assunto.
"Vocês não vêem o telejornal da TVI às sextas-feiras? Acham que aquilo é um telejornal?! Aquilo não é um telejornal, aquilo é uma caça ao homem..."

É verdade, Sócrates tem toda a razão e, enquanto se difunde a imagem de um Primeiro-ministro autoritário e pouco amigo das mais elementares liberdades, vai-se usando o seu nome em processos de intenção mais ou menos encobertos, com toda a liberdade do mundo.
Aquele suposto jornalismo é, para além de chocante, vergonhoso para o Abril que se fez e que deste modo jamais será cumprido.
Hoje, no Expresso, a referência do jornalismo em Portugal, a manchete do 1.º caderno traz um novo dado sobre o caso Freeport:
"Charles Smith diz que mentiu sobre Sócrates"

Manchete amiga do Primeiro-ministro, finalmente, dir-se-á, depois de semanas a fio em que os escândalos se vinham sucedendo. Nos telejornais das 13h, a RTP fez referência a esta notícia e a SIC também. A TVI também não, embora tenha abordado o caso Freeport, falando na distribuição do dinheiro envolvido na negociata. A TVI lançou a notícia do vídeo em que Charles Smith é protagonista, escudando-se nas suas palavras para atacar Sócrates a torto e a direito. Mas quando Charles Smith diz outra coisa, a TVI omite, é uma não notícia, talvez Smith seja credível para umas coisas e não credível para outras. Claro que quem dá as audiências à TVI não compra o Expresso, mas vota.
A manipulação levada a cabo por certo jornalismo é insuportável, quando o levamos a sério. E há tanta gente que não percebe a diferença, que corremos o risco da deturpação e da inversão completa dos mais básicos valores da Democracia.

35 anos



It has been said that democracy is the worst form of government except all the others that have been tried.” Winston Churchill

25 de Abril sempre.

20.4.09

cultura bio

Lisboa tem uma fauna sedenta por consumir tudo aquilo que parece bem. Se parece bem ter um híbrido, vamos ter um PRIUS. Se parece bem ir jantar Airoldi, jantemos num dos "S"'s. No matter how much. A comida biológica também entrou na moda, como não podia deixar de ser. É ver supers e hipers recheados de prateleiras com massas, compotas ou queijos bio, para não falar do cogumelo bio ou da bróculo bio. Mas a fauna, como não podia deixar de ser, não vai a supers e a hipers nos subúrbios de Lisboa ou, se no centro de Lisboa, a mescla pode ser demasiado confusa. Há que consumir bio, mas não o bio do povo. Então é vê-los acotolevados para os lados do Campo Pequeno, onde os PRIUS em segunda fila (e muitos jipes também, curiosamente - devem ser ainda da geração anterior, quando o que era bem era andar de jipe em plena cidade) aguardam os sacos de pano ou de papel - nunca de plástico - que encherão os estômagos amigos da natureza. Aquilo soa um bocado ao discurso Al Gore, façam o que eu digo e não façam o que eu faço. Uma coerência que só visto.
Não está em causa o consumo de produtos menos agressivos para o planeta, o que todos aplaudimos. O que está para além do bom senso é que, à conta da marca bio, seja pago um valor exorbitante por tudo o que tem essas três letrinhas inscritas no pacote, o que é claramente potenciado por estes mercadinhos bem, que têm pouco mais do que os grandes mercados, fazendo-se cobrar bem por isso.
É claro que, apesar de não ter PRIUS (ou jipe) e de não jantar nos "S"'s, sou - ou tento ser - amiga do planeta (e da minha barriga), motivo pelo qual também lá fui (não moro no Campo Pequeno, mas até gostava!). O que encontrei foi tão pobre - para quem conhece os frescos e as prateleiras bios dos supers e hipers - que me faz duvidar da bondade destas opções e, claro, dos seus frequentadores.
De qualquer modo, parece inevitável. À cultura vem sempre associada um pedaço de moda (vazia, mas cheia de status). Venham mais.

19.4.09

ensemble, c'est tout


um filme delicioso, enriquecido por cada uma das personagens que o compõem, com os actores respectivos a tomarem muito bem conta do recado. podia ser leve, mas deixa-nos a pensar. a lição é que sozinhos, ou cada um por si, a vida tem muito menos a ganhar.

duplicity

com uns dias para esvaziar a cabeça, clive e julia contribuiram. viajei por algumas cidades e surpreendi-me com alguns equívocos. moral da história: ninguém é de confiança.


(roma, um tanto ou quanto campestre.)

summer easter

temperaturas baixas e ventos fortes. não choveu e o sol aparecia. no algarve, as estradas cheias, as praias cheias, os restaurantes cheios. dizem que de bolsos vazios. o mais estranho, os corpos despidos a banhar-se de mar e de areia. a irracionalidade que leva milhares de pessoas para a praia, tiritando de frio, rezando pela primeira corzinha do ano, enquanto crêem que talvez o tempo se aguente. os portugueses são assim e se estão no algarve e ainda se vêem uns raios de sol, o destino é certo. talvez não entendam que biquini não rima com galochas.

7.4.09

I confess that I have no desire to confess.


Um grande filme do bom e velho Clint, com mais uma interpretação notável, onde o rosnanço superou qualquer diálogo. O filme, ao contrário da primeira impressão, centra-se, como diz CFA, nos anos 50 e de como a honra de um homem se aferia pelo aperto de mão que dava. Para além disso, a sempre inevitável Igreja, bem representada - diga-se - por um padreco a fazer lembrar (em tudo) o Don Self (bastard) do Prison Break (regressa já este mês!).
Realmente a não perder.

2.4.09

bíblia


Foi lançado dia 31, em Lisboa. 816 páginas cheias de rigor, trabalho, dedicação e muita paixão. o rui é que sabe.